fevereiro 15, 2022

UM ANO EM MISSÃO, ISSO MUDA UMA VIDA

by Rodrigo Dorval in Liderança

Um Ano em Missão, ou One Year in Mission, como o projeto é originalmente chamado, trata-se de uma experiência onde jovens, em sua maioria entre 18 – 35 anos vivem o voluntariado como missionários, servindo a Deus e a Igreja. Geralmente em locais onde não há a presença adventista, seja em bairros de grandes cidades, seja em pequenas cidades do interior, ou até mesmo em comunidades indígines, populações ribeirinhas, ou ainda em tribos, etnias, ou nações em outros continents (como é o caso de uma equipe da UCOB que em 2017 serve no país de São Tomé e Príncipe). Não importa o lugar, mas sim, o desejo de viver uma profunda experiência com o Senhor enquanto serve o próximo com amor.

            Porque esse projeto? Não é preciso ser muito esperto para perceber que os sinais (guerras, rumores de guerras, terremotos em vários lugares, instabilidade econômica, política e social, baixa moralidade, escalada da maldade, fome, doenças, o aumento do conhecimento, seja de interesse religioso ou secular, e claro, o avanço da pregação do evangelho), demonstram que algo grandioso está para acontecer. As pessoas estão em expectativa, e jovens verdadeiramente cristãos, ao redor do mundo, tem percebido isso e se engajado na missão de fazer discípulos de Cristo em amor.

            Mas quem pode participar? O projeto é destinado especialmente a jovens a partir de 18 anos. É bem verdade que a missão tem necessidade de toda e qualquer pessoa, no entanto, quanto melhor preparada, ou seja, alguém que esteja cursando uma faculdade, ou que já tenha se formado, alguém que tenha uma especialização, ou uma certa experiência no mercado de trabalho, certamente será ainda mais útil na missão.

            Mas como funciona? Onde ficam? Sozinhos? Recebem algum dinheiro? Existe algum preparo? Como sobrevivem nesse período de voluntariado? Que tipos de projetos desenvolvem? Como retornam? Essas são perguntas que geralmente passam pela nossa cabeça quando pensamos em algo assim.

            Os jovens inicialmente se inscrevem e participam de um processo de seleção, o que geralmente começa com a recomendação de sua igreja local e seu pastor distrital. Após isso participam de um treinamento promovido pela União e/ou Associção/Missão a qual pertencem.

            Agora, junto com outros jovens, aprendem coisas como: ter uma vida de mais íntima comunhão com Deus, como abordar e se aproximar de pessoas, como oferecer e ministrar estudos bíblicos, como realizer feiras de saúde, como ministrar à crianças, como responder objeções que são comuns no dia a dia de quem vive a prática do evangelismo. Como formar e ministrar em um pequeno grupo relacional, como organizer e conduzir serviços de adoração, como dirigir uma recapitulação da lição da Esocla Sabatina, como evitar e superar conflitos de relacionamentos interpessoal, etc.

            Esse ultimo, em especial é muito relevante pois sem dúvida, uma das maiores dificuldades encontradas pelos voluntários está na convivência como equipe mista no mesmo ambiente por um ano. O que já responde a terceira pergunta. Não, eles não ficam sozinhos, o grupo grande de voluntários se divide em equipes menores com cerca de 8-10 pessoas, de acordo com as condições do local e as necessidades do projeto.

            Os voluntários recebem todo o apoio financeiro da organização enquanto estão participando do projeto, como aluguel, mobiliário, alimentação, transporte, além de cerca de U$100,00 a U$150,00 mensais, para suas necessidades individuais.

            Os projetos desenvolvidos são os mais diversos possíveis. Tudo depende da necessidade da comunidade à que vão servir. As sedes administrativas da igreja, fazem um estudo antecipado do local, planejam algumas possíveis estratégias de evangelização e dão ao longo do processo toda assessoria possível para o bom desempenho da equipe. Visitas de pastoreio, apoio e motivação, fazem parte do calendário de administradores e departamentais dos campos, além, é claro, do apoio e auxílio do pastor distrital local.

            Estratégias como centros de influência, feiras de saúde, cursos de múltiplos interesses, aulas de línguas estrangeiras, pesquisas bíblicas, clubes de desbravadores e/ou aventureiros, aulas de música, serviços à comunidade, enfim, são algumas estratégias utilizadas pelos jovens na linha de frente. Enquanto isso, projetos de oração intercessora por eles é desenvolvido e mantido por suas igrejas, associações, uniões e divisão sul americana.

            Talvez a melhor resposta de todas é para a pergunta, como retornam?

            Me alegro em dizer que totalmente transformados. Ao conversar com esses jovens e perguntar “o que mudou” nesse um ano em missão, as respostas são as mais variadas, por exemplo: “Aprendi que não era a missão que precisava de mim, mas eu é que precisava desesperadamente da missão” (César, 19 anos, OYIM em 2016 na Etnia Apinajés, Tocantinópolis, TO, Brasil). “Aprendi que não faz sentido querer ir para o Reino, se não quiser levar ninguém para lá”(Kelly, 22 anos, OYIM em 2016 na Etnia Karajás, Ilha do Bananal, TO, Brasil). “Aprendi que não consigo mais viver minha vida sem servir em missão, quero ser uma missionária disfarçada de advogada” (Ila, advogada, 28 anos, OYIM em 2016 na Etnia Karajás, Ilha do Bananal, TO, Brasil).

            Todos os testemunhos revelam uma mudança significativa na visão em relação a Deus, ao próximo, a si mesmo a igreja. Por isso, continuamos incentivando jovens como você a participar do maior projeto de Deus para sua vida, viver para Cristo servindo os outros. Vem para o Um Ano em Missão você também, e mude sua vida! Um Ano em Missão! Uma vida em Missão!

Pr. Joni Roger de Oliveira

Departamental de Jovens, Desbravadores, Aventureiros e Música da União Centro Oeste Brasileira.

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